Foi a pintora mais representativa da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatti.
Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas.
Nasceu em
1 de setembro de 1886, na Fazenda São Bernardo, em Capivari, interior de São Paulo, filha de José Estanislau do Amaral Filho e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, e neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em razão de sua imensa fortuna acumulada em fazendas do interior paulista.
Seu pai herdou tal fortuna e diversas fazendas, onde Tarsila passou a infância, com seus sete irmãos. Desde criança, fazia uso de produtos importados franceses.
A menina foi educada conforme o gosto do tempo: sua primeira mestra, a belga Mlle. Marie van Varemberg d’Egmont, ensinou-lhe a ler, escrever, bordar e falar francês.
Na casa da família, D. Lydia alegrava o ambiente tocando piano, enquanto seu marido recitava versos e poesias em francês, retirados da vasta biblioteca da fazenda.
Tarsila do Amaral estudou em São Paulo, em Colégio de freiras do bairro de Santana, e no Colégio Sion. E completou os estudos em
Barcelona, na Espanha, no Colégio Sacré-Coeur, onde venceu vários concursos de ortografia.
Ao chegar da
Europa, em 1904, casou-se com André Teixeira Pinto.
Começou a aprender pintura em 1917, com Pedro Alexandrino.
Mais tarde, estuda com George Fischer Elpons. Em 1920, viaja à Paris e freqüenta a Academia Julian, onde é orientada por Émile Renard.
Na França, conhece Fernand Léger e participa do Salão Oficial dos Artistas Franceses de 1922, desenvolvendo técnicas influenciadas pelo cubismo.
De volta ao Brasil, em 1922, une-se a Anita Malfatti, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, formando o chamado Grupo dos Cinco, que defende as idéias da Semana de Arte Moderna e toma a frente do movimento modernista no país.
Casa-se com Oswald de Andrade em 1926 e, no mesmo ano, realiza sua primeira exposição individual, na Galeria Percier, em Paris
A partir de então, suas obras adquirem fortes características primitivistas e nativistas e passam a ser associadas aos Movimentos Pau-Brasil e Antropofágico, idealizados pelo marido.
É dessa época sua tela Abaporu, cujo nome de origem indígena que significa "antropófago". A teoria antropofágica propunha que os artistas brasileiros conhecessem os movimentos estéticos modernos europeus, mas criassem com uma feição brasileira.
Em
1931, após viagem à União Soviética, passa por uma fase de temática mais social, da qual são exemplos as telas Operários e Segunda Classe. Expõe nas 1ª e 2ª Bienais de São Paulo e ganha uma retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) em 1960.
É tema de sala especial na Bienal de São Paulo de 1963 e, no ano seguinte, apresenta-se na 32ª Bienal de Veneza.
Apesar de integrar-se ao movimento modernista brasileiro, não participou da Semana de 22 porque não se encontrava no Brasil
Antropofagia
O Lago
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