Sobre a folhinha verde
Filhinhos ovos
Mamãe Leta depositou
Papai Borbo voou
Seu tempo terminou
Dos ovos não cuidou.
Mamãe Leta se foi
Vida de curta duração
Apenas ovos em evolução
No dia da eclosão
Lagarta deu explosão
Êta bichinho
Uma folhinha, mais uma
Outra mais até crescer
Está na hora de adormecer
Pendurada num galhinho
Num casulo bonitinho
Desenvolve-se ex-lagartinha
Passa o tempo, tempo passa
Passatempo sem graça
Pendurar-se num galho
Sem atalho no tempo
À espera de um momento
Da grande transformação
Êpa! Algo diferente!
Surgiu asa transparente
Será um ser independente.
Abandonado ao lado sul
Onde está seu morador?
Voa livre a borboleta azul.
Denise Severgnini
A tia Catarina
Cata a linha
A tia Teresa
Bota a mesa
A tia Ceição
Amassa o pão
A tia Lela
Espia a janela
A tia Cema
Teima que teima
A tia Maria
Dorme de dia
A tia Tininha
Faz rosquinha
A tia Marta
Corta batata
A tia Salima
Fecha a rima.
Elias José
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À tarde, o cavalinho branco
está muito cansado:
mas há um pedacinho do campo
onde é sempre feriado.
O cavalo sacode a crina
loura e comprida
e nas verdes ervas atira
sua branca vida.
Seu relincho estremece as raízes
e ele ensina aos ventos
a alegria de sentir livres
seus movimentos.
Trabalhou todo o dia, tanto!
desde a madrugada!
Descansa entre as flores, cavalinho branco,
de crina dourada!
Cecília Meireles
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O PATO DOIDO
Obrigada pela publicação dos meus poemas no teu blog!Prof{ Denise Severgnini
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